Depois de um tempinho sem publicar aqui, estou de volta. Andei muito envolvido com trabalho e o fim do meu MBA, mas vamos lá...
Estou passando o fim de semana no Rio de Janeiro. O tempo está nublado e está fazendo um pouco de frio neste domingo então, morcegando em casa. Estou aqui com meu pai e minha madrasta de papo furado ao mesmo tempo que navego na internet e atualizo este blog. Gosto de morar sozinho, prezo muito minha independência, mas confesso que às vezes sinto falta desses momentos em família, de conversar, de sentir que não se está sozinho no mundo.
Numa das poucas vezes em que vejo televisão em casa, estava assistindo a novelinha global do horário nobre enquanto me arrumava pra sair. O que é aquilo???? É pai contra filho, filho contra pai, irmão contra irmão, casais brigando, céus!
Estranho, e cada vez mais comum, ver a televisão exibir a destruição das familia. Destruição essa que a própria televisão ajudou a fomentar.
Em nossa pobre sociedade, baseada em padrões de consumo, a televisão ainda é o maior veículo formador de opinião e consequentemente, difusora do consumismo desenfreado.
Vejo as famílias cada vez mais passarem menos tempo juntas e isso só faz com que as desavenças aconteçam com mais frequência. Ninguém quer mais conversar. Afinal de contas, pra quê conversar em casa? O pensamento é "já moro aqui, como aqui, durmo aqui, e ainda tenho que conversar?" E assim a harmonia vai se deteriorando com o passar do tempo.
Sinto dizer que a Internet também está contribuindo pra isso. A facilidade de se comunicar a distância faz com que, principalmente os mais jovens, prefiram conversar com quem está a quilômetros de distância a conversar com um familiar que more embaixo do mesmo teto.
A busca pelo consumo também faz com que os pais passem cada vez mais tempo fora, deixando de dar atenção ao o que os filhos fazem. Esse acompanhamento é vital para a formação do caráter. O que acontece? Os meios de comunicação estão ocupando esse espaço com suas ofertas de consumo. O resultado é o que estamos vendo.
Então, é chegada a hora de repensarmos a instituição chamada família, enquanto ainda há tempo pois um lar desestruturado é o início de uma futura geração perdida, cada vez mais suscetível aos perigos da sociedade moderna, como as drogas por exemplo.
Gente! Família não existe só no Natal não! OK!